PÁGINAS

sexta-feira, março 18, 2011

Pobres da periferia ou Poema aos excluídos


(poesia)
Das mazelas dos miseráveis, sou o pus.
Sou a carne podre que resta aos urubus.
Sou aquele ignorado que não pega ônibus,
não compro em Hiper,
não vou a Super,
não uso cartão mega plus.
Ando pelos cantos como rato...como! os ratos.
Durmo no mato, nas calçadas, nas ruas.
Sobrevivo das migalhas tuas.
Visto roupas sujas.
Caminho pelas trevas e
vejo almas penadas vivas
de suas doenças travestidas,
em corpos nus.
Sou mais um entre uns.



Nilo dos Anjos

quinta-feira, março 17, 2011

O barco



Reflexões sobre o livro: O MONGE E O EXECUTIVO


Todos são iguais perante Deus.
                Só se for perante Ele, porque entre nós a coisa é bem diferente. Vivemos em um mundo competitivo. Estamos a todo o momento tendo que provar pra Deus e o mundo que somos melhores. Seja ao procurar emprego, nas salas de aula, nas competições esportivas, no convívio social. O celular tem que ser o melhor, meu carro tem que ser o melhor (de preferência maior), meu pênis, meus seios, minha bunda. Tudo, tudo tem quer ser melhor e/ou/ maior, o que determina o tamanho, é o poder. Se ter o menor celular significa ter mais dinheiro, mais status, então menor é melhor. E por aí vai. Isto é o que aprendemos o tempo inteiro. E quem é que gosta de se sentir inferior? (leia mais)

QUANDO SE AMA



(poesia)

Não são os olhos,
é o olhar.
Não é a boca,
É o seu gosto.
Não é o que eu escuto,
É o que você fala...
Não é o nariz,
É o cheiro do seu corpo,