PÁGINAS

terça-feira, janeiro 31, 2012

Saudade

Lembrar , lembrar...
É como perfume sem cheiro;
Paisagem sem cor ;
É a dor  que corrói o corpo;
É comida sem sabor;
É querer se libertar
Pra tentar te encontrar;
Pássaro sem asa na gaiola querendo voar...
Beira a loucura querer te tocar
E encontrar o vazio pairando no ar.
É morrer sem nascer;
É fuder sem trepar;
É sangrar sem um corte
Que faça o sangue jorrar;
É querer ter você
Onde você não está.






Nilo dos Anjos

segunda-feira, janeiro 30, 2012

Não é verdade...

Finja que sabe mãe
Se não quiser sofrer
Que voltarei um dia
Pra junto de você


Finja que sabe mãe
E me ajude a viver
Que as coisas que eu disse um dia,
Foi tudo pra valer.


Finja que sabe mãe
Que eu não me importaria
Que tudo que me disse
Não passou de mentira


Finja que sabe mãe
Que o senhor do Bom Fim
Abençoou a minha vida
E agora cuida de mim


Finja que sabe mãe
Que isso bastaria
E tudo que eu pedisse
O Senhor me daria


Finja que sabe mãe
Que a vida é só alegria
E que eu não precise aqui
Matar um leão por dia


Finja que sabe mãe
Que tenho muitos amigos
Que velarão por mim
E não serei traído


Finja que sabe mãe
Que um dia te direi
Que fui feliz aqui
E tudo lhe darei


Finja que sabe mãe
Que eu saberia viver
Neste mundo hostil
Tão longe de você


Você já sabe mãe
Que na arte de viver
Só eu cuido de mim
E você de você


® Nilo dos Anjos 15/06/2002

Seu Jorge - Tive razão

Tropa de Elite


Assisti a versão pirata, sim eu sei, estou contribuindo para a propagação de mal feitores que se alastram pelo país, a começar por nossos governantes e políticos. Esta é a temática do filme, além de mostrar a corrupção policial, onde criminosos travestidos de policiais fomentam o tráfico de drogas com armas e munições entre outras falcatruas, que vão desde a receber propina do jogo do bicho até receber pagamentos de comerciantes por proteção. O filme também chama a atenção para a responsabilidade dos consumidores de drogas que, numa cena, vão a passeatas pedindo paz e em outra estão puxando um baseado sem se dar conta da sua contribuição para a manutenção deste ciclo que acaba gerando, entre outras coisas, mais violência. Muito evidente na cena em que uma patrulha do BOPE ataca um grupo e mata um rapaz e em seguida pergunta a um estudante, participante do grupo, quem o havia matado. Uma resposta que parecia óbvia é o mote para o policial, vivido por Wagner Moura, descarregar toda a sua indignação contra os usuários de drogas.
O filme nos deixa com uma sensação de mal estar e essa é a intenção. Uma sensação de insegurança e medo,como um órfão de pai e mãe. Nos coloca cara a cara com uma policia sucateada e vivendo de propina, feita para defender interesses, por parte de alguns integrantes, para obterem enriquecimento ilícito. E os bons policias que se encontram no meio acabam tendo que se subjugarem sob pena de sofrerem retaliações, que vão desde a uma mudança de seção de onde trabalham a negação de direitos trabalhistas ou dificuldades para exercer a profissão, até a morte. O filme mostra um ambiente corrompido e uma sociedade a mercê de bandidos e "policias". Nada de novo, mas impactante, por contar uma estória que é baseada em relatos reais e por mostrar a corrupção sob a ótica de um policial. Isso dá uma credibilidade arrasadora que assombra. Destaque para Wagner Moura que se empenhou em mostrar a vida de um policial do BOPE vivendo sob pressão contínua entre sua vida familiar e o inferno de sua profissão.

Nilo dos Anjos

sábado, janeiro 28, 2012

Reticências de nós dois...( a quatro mãos)

Estamos em fases diferentes de nossas vidas...
Eu parti na frente e não houve despedida
E agora nos encontramos novamente em uma outra encruzilhada da vida.
E a diferença de idade não significa nada
E antes que eu me esqueça...
Você está cada vez mais linda!
E esse ar de inocência, de quem ainda não passou da adolescência, me fascina.
Quando é que você vai deixar de ser menina
e se transformar na mulher que já de agora me enlouquece
com sua beleza, caráter, inteligência e bondade genuína?
Com seu olhar doce e ao mesmo tempo astuto de uma felina.
E deixar de ser de outro pra ser minha.
Pra que eu não morra de amor, como Djavan, em alguma esquina.
Não é preciso dizer o quanto e até que ponto tu me dominas.
Será esta a minha sina?
Mais uma vez não haverá despedida !
Esta história tem final feliz!
Por isto a deixo inacabada, sem ponto final,
Pois daqui pra frente você a escreve, e no final, é você quem assina!
A minha parte, agora e aqui, termina...

O texto que se segue foi uma colaboração de Clivânia Teixeira
que gentilmente cedeu-o para publicação neste site,
completando a obra
.



ESTRANHO QUE NOS ENCONTREMOS
QUANDO TE JULGAVA PERDIDO NO PASSADO
E MAIS UMA VEZ O ALGO COMUM QUE NOS UNE
ENCANTA-ME O OLHAR EM DEVANEIOS
OLHAR-TE E NÃO TE TOCAR DÓI
TROPEÇO EM MUDA CONTEMPLAÇÃO
ÉS EM TUDO O DESVARIO DE MEU SER,
INCENDEIAS-ME AS INTENÇÕES ADORMECIDAS
QUE TODO ADEUS MANTENHA-SE LONGE DE NÓS,
QUE NADA AGONIZE NEM NOS SEPARE
E QUE SEJA NOSSA UNIÃO
POR TODOS OS TEMPOS
RETICÊNCIAS DE NÓS DOIS



© Nilo dos Anjos e Clivânia Teixeira
26.06.01







quarta-feira, janeiro 25, 2012

Antes do suicídio



O desespero pela sanidade 
A prece em busca do pecado 
A procura pela vida 
O encontro com a morte 
A salvação em falsa prece 
O medo de querer ter em vida se esquece 
E me perco em sua busca 
E aquela voz suave me sussurra 
E me pergunta novamente 
Ela lhe poupa o sofrimento 
E se aproveita na hora certa 
Na hora exata ela te decepa. 
E vem numa noite fria 
A dor pode acabar no mesmo dia... 
O convite é feito 
Mas não aceito este vinho doce 
De colheita tardia 
Minha vaidade não permite 
E vou viver a minha dor 
E o resto é covardia 


® Nilo e Charlyston

terça-feira, janeiro 24, 2012

Nada de novo debaixo do sol

Todos os rios correm para o mar
Porém o mar nunca se enche
Todas as coisas estão cheias de tédio
Mas não se pode expressar
E ninguém se convence

Os olhos não se fartam de ver
Nem os ouvidos se enchem de ouvir
O que se tem feito
Isso se tornará a fazer
O que tem sido é o que há de existir

Nada de novo debaixo do sol

O lugar para onde os rios correm
Para ali continuam a correr
O que é torto não se pode endireitar
O que falta não pode acontecer
Nada de novo está por vir
Nada há de novo a dizer

Os olhos não se fartam de ver
Nem os ouvidos se enchem de ouvir
O que se tem feito
Isso se tornará a fazer
O que tem sido é o que há de existir

Nada de novo debaixo do sol

Nilo dos Anjos

segunda-feira, janeiro 23, 2012

FALCÃO, MENINOS DO TRÁFICO


AUTORES: MV BILL E CELSO ATHAYDE

DURAÇÃO: 90 min

Por: Nilo dos Anjos


Percorrendo os guetos e favelas do Brasil, MV Bill e Athayde mostram o que todo mundo já sabia!... A degradação humana mostrada em capítulos no FANTÁTISCO é comentada, no dia seguinte, em todos os cantos do Brasil. Talvez a grande surpresa tenha sido a exibição em horário nobre na Rede Globo.
O documentário foi idealizado ao longo de dez anos, durante as apresentações do Rapper MV Bill, em submundos espalhadas por todo o país. Se não fosse por essa informação, teríamos a impressão de que foi feito hoje mesmo em um mesmo lugar, dado ao fato de que não se percebe uma mudança nem no tempo, nem nas pessoas, a não ser pelo sotaque, único indicador de uma mudança de estado, dando a impressão de que não há diferença entre o submundo daqui e o de lá ou entre o subumano daqui e o de lá. Nas entrevistas, os menores são questionados sobre a vida que levam envolvidos entre a bandidagem e pressionados pela sociedade que os marginaliza. Nesse diálogo, surgem depoimentos marcantes como o caso do menino que gostaria de ser bandido quando crescer e do rapaz que queria conhecer um circo. Temos uma aula de comercialização de drogas, desde a captação até o consumidor. Mas não tem nada de novo, nada que filmes como
CIDADE DE DEUS e o documentário ÔNIBUS 174 já não tenham explorado. Talvez o fato de ser uma obra de ficção, no caso de CIDADE DE DEUS, dê uma impressão de que seja uma visão exagerada do autor, mas pelo que vemos em documentários como esse e o do ÔNIBUS 174, podemos perceber uma realidade ainda mais cruel. Resta saber o que estará por trás dessa exibição histórica em cadeia nacional em horário nobre pela Rede Globo.


quinta-feira, janeiro 19, 2012

Crash - No limite

O Filme narra a trajetória de pessoas, aparentemente sem ligação nenhuma, que dada as vicissitudes do dia a dia, demonstram sua intolerância, medo, raiva e prepotência. Que levam através desta ação, a reações violentas de indignação provocadas pelo desamparo, impotência, insegurança e também medo, destas que por se sentirem desrespeitadas, não encontram alternativa senão a de revidarem da mesma forma. Ou seja, cria-se um círculo vicioso de violência. As minhas ações e atitudes tem ligação direta e indireta com as ações e atitudes do outro.
Mas em meio a isto, havia uma família, que embora também sofressem as mesmas violências, não pareciam reagir a isto de forma violenta. Como se o diretor quisesse dizer “ vejam, é possível fazer diferente”. Mas a capa protetora dada a filha ao completar 5 anos, que protegia o pai até então, não o protegia apenas das “balas perdidas” da vida, mas da violência cotidiana. Parecia, com isso, fazê-lo reagir às agressões sofridas de uma forma mais equilibrada, já que absorvia os efeitos impactantes das injustiças e preconceitos raciais. Como no caso em que ele (o pai) estava trocando a fechadura da porta da casa da mulher que acabara de ser assaltada ou na hora em que estava consertando a fechadura da loja da família persa. Sim, ele pode ter agido certo, ficou em silêncio em uma situação e não cobrou pelos serviços prestados em outra. Mas isso não o protegeu de uma ação extremada do dono da loja que transtornado pelo roubo de sua loja e depois de constatar que não seria indenizado pelo seguro, resolveu, num ato insano, que o chaveiro, pai da menina, deveria pagar por tudo o que até ali havia sofrido. Descarregou toda a sua indignação, raiva e impotência, naquele que para ele era o culpado por ter sido roubado, mas muito além, seria o bode expiatório, seria aquele que pagaria por todos aqueles que o insultavam.
A capa era também a metáfora da indiferença, da entorpecência, da couraça que se forma em torno de nós para nos proteger destes ataques diários e nos transforma em pessoas presas e voltadas para dentro de si completamente anestesiadas.

No início do filme a voz do ator chama atenção para esta indiferença, para esta entorpecência, numa cidade em que as pessoas se esbarram buscando algum contato numa tentativa de buscar alguma compreensão, de carinho, de troca, de atenção, de amor, de solidariedade. E termina com um carro em chamas, o mesmo carro que a pouco havia sido palco de um assassinato, era agora servido de fogueira para aquecer aos necessitados de calor, que estavam ali naquele momento sob frio da neve que começava a cair. Mas não era apenas o calor físico que buscavam, o carro era também a metáfora para a falta de calor humano, era a metáfora da redenção. Parecia nos dizer que era tempo de mudança, que não podemos mais agir dessa maneira, é tempo de nos redimirmos e de derreter a neve da intolerância, da violência e do racismo que cai sobre nós.
O filme narra de forma extremada, mas bastante verossímil, uma cadeia de acontecimentos que pode parecer fantasioso e pessimista, mas que infelizmente faz parte do nosso cotidiano. Ele é ambientado em Los Angelis nos EUA, mas poderia estar situado em qualquer lugar do mundo, dada a sua abrangência comum, ou seja, a falta de solidariedade vivida por todos nós diariamente e a forma como somos intolerantes com nossas próprias fraquezas. Se compreendêssemos mais os nossos próprios limites e nossas fraquezas, compreenderíamos os limites e as fraquezas dos outros e seríamos mais tolerantes conosco e com o próximo. A redenção pode começar a partir dessa atitude, nada simples, mas esperançosa.

por Nilo dos Anjos
16 de maio de 2008

quarta-feira, janeiro 18, 2012

Samba da sedução

Sedução 
Uma das pérolas da vida.
Que quando atrevida 
Logo um fogo desperta 
Se for correspondida.
E quando discreta 
É feito uma seta 
Que acerta o alvo 
Que aos poucos lhe convida.

Eu te encontrei 
Numa das estradas da vida.
Você me encarou como se eu fosse alvo 
Que a seta convida,
Eu te encarei frente a frente 
Como a morte que seduz o suicida.

Eu percebi 
Que você já estava envolvida,
Foi quando entendi que a seta só acerta 
quem quer ser atingida.
E me entreguei, peito aberto e olhos fechados 
frente a bala perdida. 


E neste jogo,
Nesta brincadeira tão antiga,
Não há perdedores, não se faz por dinheiro, não se engole barriga. 
Digo-te ainda,
Se você ganhar, eu me dou por inteiro, 
Fico feliz da vida! 
Sou seu parceiro, seu adversário, sou sua torcida. 

Nilo dos Anjos 

segunda-feira, janeiro 16, 2012

Constrição

Paredes que cercam 
sentimentos.
Grades que prendem 
solução.
Máscaras que sufocam 
verdades.
Elos que acorrentam 
mentiras 
Olhos que censuram 
medo 
Palavras que reprimem 
sonhos... 
Anéis que comprimem a 
liberdade 
crenças, tabus, enredos 
conceitos,pre-conceitos, segredos... 
quimeras. 

Nilo dos Anjos 

quinta-feira, janeiro 12, 2012

O Grito de Jó



LUIZ JOSÉ DIETRICH (autor do livro)
Resenha: Nilo dos Anjos
foto: Nilo dos Anjos

Obra dividida em 5 capítulos faz uma análise profunda e completamente imparcial DO LIVRO DE JÓ. Baseando-se em fatos históricos, nos transporta para época onde podemos contextualizá-la, situando-a ao período em que o povo Judeu era explorado e escravizado pelos Persas.
A estória era bem conhecida na palestina. Ela é bem mais antiga que o livro de Jô da bíblia. Dividida em duas partes, uma no início e outra no final, são como uma cena inicial e final de uma grande peça de teatro. São também como uma porta de entrada e uma de saída de um livro, mas elas não nasceram com o livro, são bem mais antigas, datam de 1000 anos a.c (Jô 1-2 e 42, 12-17). Já o os capítulos que se encontram entre as portas, 40 ao todo, escritos em versos, datam de 450 a 350 anos a.c e tratam das três rodadas de debates entre Jô e seus visitantes e a intervenção final de Deus. Contradições e diferenças entre as partes de prosa e poesia reforçam a idéia de que essas duas obras não são da mesma autoria. O Jô da prosa aceita tudo, é resignado e fiel a Deus, tem aquela paciência que virou provérbio popular. Enquanto o Jô da poesia tem uma atitude rebelde e questionadora.
O texto em prosa retrata a Teologia da Retribuição: os ricos são ricos porque passaram por esta prova; os pobres são pobres porque não confiaram na justiça de Deus, são pecadores. O texto em poesia traz uma Teologia Nova: a teologia é feita não sobre a paciência, mas sobre a rebeldia de Jô; questiona profundamente a Teologia da Retribuição e nos faz refletir sobre o fato das portas terem sido juntadas ao livro. Teria sido para limitar a rebeldia e domesticar a Teologia feita a partir da rebeldia? Ou foram juntadas para que pudessem ser demolidas por essa nova espiritualidade?
Fica bem claro que não é de Deus que estão falando no texto bíblico, na verdade trata-se de uma manipulação de um povo através de sua fé, com o fim de explorá-los e escraviza-los. Ë mais um registro histórico de como se oprimiam as massas para obter poder e dominá-las do que uma demonstração de fé e abnegação por conta de um homem, um homem que na verdade, não é um e sim a representação de um povo que clamava por justiça e cansou de ser explorado.

terça-feira, janeiro 10, 2012

É verdade...

É verdade... 
Às vezes é melhor estar sozinho.
A casa vazia às vezes é a melhor companhia...
E logo nos sentimos mergulhados em um poço de recordações 
Que a solidão nos faz reviver 
E as divagações e indagações e os erros que cometi 
E que ainda irei cometer.
É quando as respostas aparecem 
E mais dúvidas também.
É quando decidimos se paramos 
Ou se vamos além.
É o encontro com a sua outra face 
Aquela que não usa máscaras 
Que não disfarça... 
A outra parte de você que você não conhece muito bem 
E que todos tem.
Aquela que se esconde quando lhe convém 
E que às vezes não se contém 
E se apresenta da pior forma; incontrolável, 
Animalesca, brutal... 
É por isso que estou sozinho agora.
Pra conversar com essa força escondida 
Que de vez em quando insiste em aparecer 
E só a solidão nos permite melhor... conhecer.

Nilo dos Anjos

segunda-feira, janeiro 09, 2012

Herbert Vianna


Estive lá, 
Mas voltei 
Vou falar das coisas que encontrei
De algumas já falei
e foi dizendo assim que errei,
mas também muitas vezes acertei.
Vou falar do outro lado da vida 
onde não há sofrimento, nem agonia, nem lamento ! 
onde a gente se ama por quase um segundo...
que nunca termina 
pois o tempo...o tempo... 
lá, é um trem que custa a passar 
lá, a arte é de viver da fé 
sem precisar saber o porquê 
mas se sabe em que. 
Creia e verá! 
e um dia você também saberá 
e vai ser tudo diferente, 
ah vai...vai ser diferente ! 
uma mensagem de amor será lida em cada rosto.
Usando óculos de lentes da verdade e da humildade.
Lá, se tem consciência do amor e da sua eternidade.
E por isso eu voltei.
Pra falar pra vocês 
das coisas que encontrei 
e não erro em crer que o seu amor 
trouxe-me outra vez.
E que estar ao seu lado, certamente, bastaria ! 
e sua oração era a lanterna que iluminava e aquecia,
era o cais de porto pra quem precisava voltar.
Meu amor, aonde quer que eu vá, levo você no olhar. 
segue e vai ! 
Lucy… in the sky... 
Me queira bem, durma bem, meu amor. 

Nilo dos Anjos